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Congresso Brasileiro de Microbiologia 2023
Resumo: 527-2

527-2

CASUÍSTICA DE ESPOROTRICOSE DO LABORATÓRIO DE DIAGNÓSTICO MICROBIOLÓGICO VETERINÁRIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO DOS ANOS DE 2017 A 2022

Autores:
Mariana Comassio Chueiri (UFRRJ - UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO) ; Ana Beatriz da Silva Conceição (UFRRJ - UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO) ; Lucas Vardiero Berizonzi (UFRRJ - UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO) ; Franscico de Assis Baroni (UFRRJ - UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO) ; Mário Mendes Bonci (UFRRJ - UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO)

Resumo:
As espécies do complexo Sporothrix schenckii são patógenos zoonóticos causadores da esporotricose em humanos e animais. Essa doença é uma micose subcutânea que afeta principalmente gatos, mas também pode acometer outros animais, como os cães. A transmissão ocorre pelo contato direto com animais infectados, sobretudo os gatos, e/ou por fômites. Os sintomas são lesões cutâneas em região de cabeça e tórax, sendo que em cães os sinais são mais brandos, enquanto em gatos pode ter acometimento sistêmico. Assim, o objetivo do trabalho é avaliar a ocorrência de esporotricose canina e felina do Laboratório de Diagnóstico Microbiológico Veterinário (LDMV) da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), durante os anos de 2017 a 2022. Os dados foram coletados do acervo de dados informatizado do LDMV do Departamento de Microbiologia e Imunologia Veterinária (DMIV) da UFRRJ. Foram analisadas as requisições para cultura micológica de casos que apresentavam a esporotricose como suspeita clínica. No ano de 2017, ao todo, o LDMV recebeu 448 amostras, 182 (40,6%) suspeitavam de esporotricose e 93 (51,1%) destas foram positivas para a doença. Em 2018, foram 303 solicitações, 134 (44,2%) suspeitas e 59 (44,0%) diagnósticos confirmados. Em 2019, 256 requisições, 94 (36,7%) suspeitas e 39 (41,5%) culturas positivas. Em 2020, foram solicitadas ao todo 70 exames, 31 (44,3%) casos suspeitos e 17 (54,8%) diagnosticados. Em 2021, foram 64 solicitações, 11 (17,2%) suspeitas e 5 (63,6%) positivos. Em 2022, 63 requisições, 56 (88,9%) suspeitas de esporotricose e 17 (30,4%) casos positivos. Devido à pandemia de COVID-19 e paralização das atividades do HPVA da UFRRJ, houve diminuição considerável nos atendimentos e, consequentemente, do diagnóstico dos anos de 2020 a 2022. O diagnóstico para esporotricose é de grande importância para a saúde pública devido ao caráter zoonótico que a doença pode apresentar. A maioria dos casos diagnosticados dessa doença em animais no Brasil são no Rio de Janeiro, o que enaltece a importância da casuística da esporotricose do LDMV da UFRRJ.

Palavras-chave:
 Complexo Sporothrix schenckii, Zoonose, Saúde pública